Num choro patético de repente ela sorri.

Anda angustiada e triste.

Seus olhos estão empapados.

Não há saída e não existe respostas.

É a vida.

 

Absurdo segredo. Tediosos dias!

Que agonia...

O medo fez dela mais uma prisioneira.

É mais uma mulher; é só mais uma.

Ela recorda a promessa feita de joelhos, e, reza.

 

Em direções opostas ela segue e persegue,

Esfregando o tempo no espaço.

Tudo acontece como a Deus dará.

Que coração de aço!

Sabe-se lá quando...

A natureza passa é dia é noite é a madrugada.

É o mal do século. Sabe-se lá quando!

É aquele jovem, a moça, a senhora, a dama,

a prostituta é a chuva de lágrimas.

 

Viaja entre: terras e laranjeiras, bananeiras e mangueiras.

A palhoça segue em pé.

No mesmo igarapé o mesmo rio, aquele barco, o mesmo amor.

O café, a tapioca, o rapé a prosa.

O mesmo céu e a lua única.

Cai o dourado sol e fogem estrelas saudosas.

É uma mesmice.

 

O mesmo índio e o mesmo peixe. A farinha amarelinha.

É a verdura na mesa rústica.

São os mosquitos e os lixos.

É a roupa branca no varal que o sol cuida.

O cachorro quase morto.

É o tio que de fome morre.

São as pestes que assustam a vida.

É o garimpo.

É o padre e o médico.

E, a solidão de quem vive?

 

 

 

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