Nenhuma lágrima
querida vó.
Em 1885, foste tu a pioneira.
No Coqueiro moçoila ainda e sem mau saber o
A, Be, Ce, de
frente para o Rio Solimões,
Juntaram vocês os umbigos.
Iniciaram essa família de poetas.
Temos aqui vô: - Um pingo dessa história.
É verdade que durou algumas décadas para
perceberem que
o tempo foi lindo apesar de curto.
Viver esse sonho admirável foi Glória.
A felicidade não se permite a qualquer um vózinha.
Oi, vó!
Oi, vô!
Ai! Se eu soubesse...
Ah! Meus queridos;lhes beijava as faces
mais ainda e
aborreceria menos vocês.
Ah! Eu levaria a vida amando mais.
Nessa Páscoa meus amores,vou passar
O dia pedindo Luzes do Céu e o meu perdão.
Vou comer com as mãos como as caboclas do Amazonas.
Vou falar com Jesus ao pé do ouvido e
dizer do meu
carinho adormecido.
Então, rezar para os índios e todo povo
que no Domingo
de Páscoa sofre fome. Pedir Piedade e Justiça.
E agradecer, agradecer muito esse destino que nos deram.
Quando segurar no meu Ovo de Páscoa, meus amores,
Vou dividi-lo com a fé nos homens.
Vou saborear por cada criança injustiçada.
E pensar muito em você vó e em você vô.
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