“Para
conseguir
amor (…)
encha-se
dele até
se
tornar
um imã”
Charles
Hoonel
Me chamo
Sônia, sou
poetisa
e sonhadora. Sem
fantasias
minh’alma
enlouquece.
Sou
poeta,
cantora
às vezes
(...)
Nem
sempre a
vida se
põe de
frente, Quando
isso
acontece meu
Anjo
acorda e
vem ao
meu
encontro
carinhoso.
É cheiro
de rosas
violetas,
são
beijos e
abraços
imaginários.
E, o
mundo
gira e
corre. O
tempo
vai
longe...
Águas
Benditas
de um
verde
jade.
Sandálias
postas
nos
pés-de-anjo.
Na areia
branca,
me
canso.
Eu
danço,
sou um
ganso.
Santa ou
não, sou
mulher
(...)
Não sei
se Eva
ou se um
dia
serei
Adão. Se
morro de
paixão
ou de
tesão. O
que
realmente
sei é
que sou
“Poetisa”.
Foi só
uma
risadinha
e,
pronto.
Me
tornei
uma
poetisa.
Pois,
não era a primeira
vez que
eu
trabalhava
com o
papel.
Meu
mundo
vaga na
qualidade
do
papel.
Meu
olhar
viaja
no mundo
fascinante
do
Papel...
A
natureza
do papel
não se
“iguala”.
Fico com
ele o
tempo
necessário
ouvindo
o que me
sopra...
É no
papel,
que fica
o início
do meu
trabalho
e à
medida
que crio
sou
surpreendida.
Eu caio
inteira
na
liberdade
e no
aconchego
dos
fatos.
Vem a
visão,
e, surge
a
ficção.
Distante
da minha
vida
privada
a
Política
me
fascina,
um
idealismo
natural
de uma
Poetisa
que
recicla
os
séculos.
Ah! Mais
isso
não,
Café e
Borracha,
escravidão...
isso
não!
Hoje as
terras
de
ninguém
abundam.
Isso é
terrível!
Isso
não.
Desrespeito,
isso
não.
Nem mais
as
coleções
de
bonecas,
Nenhum
borrifo
de Bond
Street.
Nem mais
às
minhas
lágrimas
de
menina.
Elas
foram
condenadas
à
história...
Ah! Isso
não.
Eu, na
minha
natureza
ingênua,
segui na
mesmo da
infância,
e o
lápis no
vai-e-vem...
No meio
da tarde
de um
dia
qualquer.
Os
lábios
secos e
os olhos
dourados.
À luz do
sol, com
pés de
poetisa
caminha
a favor
da
correnteza
do Rio
de
Janeiro,
a
maravilhosa
cidade
em que
nasci.
Carioca
nascida
no
bairro
do
Flamengo
no dia
27 de
Setembro
de
1950, dia
de Cosme
e
Damião,
dia em
que
crianças
trocam
olhar de
cumplicidades
atrás de
doces,
obcecadas
por um
brinquedo
qualquer.
Na minha
infância
feliz,
amigos
não me
faltaram.
Sorri
muito,
brinquei
muito e
namorei
mais
ainda.
Beijei
muito.
Com
olhos
cor do
sol, meu
mundo
sempre
foi
quente.
Romântica
e
social,
agradável
e porque
não
dizer
bonita e
bem
humorada.
Acreditei
em mim e
no mundo
em que
sonhei...
A mercê
dos
sonhos
me
tornei
escritora,
poeta e
mulher.
Filha do
amor,
irmã da
fé e da
lealdade,
prima da
justiça,
sobrinha
da
tolerância.
A
felicidade
é minha
escolha
na vida.
Mãe e
amiga.
Essa sou
eu.
Filha de
Miguel
Samuel
Essabbá
e Marina
Gomez
Monteiro
Essabbá. |