A cidade inteira comenta a partida.

Ela usa um chapéu de abas larga.

Olhos negros debaixo de sobrancelhas fartas.

Tímida ela espera.

"Algo vai acontecer" 

 

São minutos que juntam o perfume ao hálito e ao suor.

Gotas de sal brotam dos olhos. 

– Espeeera!

– Nem mais uma chance? É meu ultimo apelo...

 O sol forte se esconde no infinito.

– Nenhuma... Encontre outro que...

– Basta! 

Mas, que coisa forte é ódio! Pensei que podia mudar nosso destino.

A saliva seca, o coração dói, o ar pesa e o peito arde.

– Anda! Diz ele.

– Vai que o caminho de volta você conhece.

– Certo .Eu vou te esquecer, sei que é difícil. Mas, vou te esquecer.

O barco parte um ultimo olhar. Ela desabafa e grita,depois de engoli em seco; 

– Miserável! Mal agradecido! Um caixeiro viajante!

O que esperava de um caixeiro viajante!

 

O Sol caí no Rio Amazonas e a imensidão da amazônia alucina.

 

– Sem insultos! Tenho que partir minha amiga,

a vida continua, boneca. – Responde com o cinismo estampado no rosto.

– Bem, o que mais posso querer.

Afinal foi bonito.Cristais caem misturados aos pingos da chuva.

 

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