São os meus sonhos os meus caprichos.

O amor aos deuses cultivo.

Nos astros o brilho eterno; espelho fiel.

Na Grécia Mikonos no Oceano Pacífico.

 

Em Patmos na Turquia conheci a casa de Sta. Maria.

Que resignação.

Aprendi mais do amor do que da paixão.

O mar morto

 

Em Madri, os touros e as castanholas e,

nas estradas, os laranjais

e carroças.

Portugal, em Porto Gordo, comi mariscada,

praias maravilhosas.

Escutei, ali, as mais lindas rimas. Amor... Amor... Amor...

O Português me fascina.

 

Em Londres, dormi acordada.

Em Los Angeles, o filho me alucina,

O orgulho da minha jornada, algumas vezes,

a razão de meus versos e rimas.

 

Dusseldorf, na Alemanha, a filha amada.

A minha face, a minha sombra, a doce menina.

Em Miami, a moça ajuizada, a do meio, a minha

consciência calada.

 

Em Veneza, o meu amor floresceu

Meu marido sonhou outra vez

Juntos, encontramos, mais uma vez, o amor.

E o Vaticano nos recebeu em plena festa,

Meu filho, minha nora, meu marido e Deus.

 

No Rio, o meu porto seguro,

Lugar onde adormecem os meus caprichos.

Na minha infância, as estrelas eu contava, no

Flamengo, a lua iluminava a praia.

Este foi o bairro onde nasci,

cresci e me despedi com o coração miúdo.

 

Dos meus caprichos, em minhas andanças, rodei o Brasil.

E, por fim, escolhi a minha morada.

Nos U.S.A., a liberdade encontrada.

Em New York, a família sagrada.

Em Miami, a paz desejada.

 

Porém, no Amazonas, La Dolce Vita

Quando lá vou passear,

os caprichos levo comigo.

Sempre, na volta, trago, no olhar,

a saudade e uma expressão perdida.

 

 

 

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