Chove
muito lá amor e você está distante.
Até que a chuva pesada passe o dia já clareou.
A casa sem você fica num silêncio amor, que faz medo.
Fico brigando com o tempo e quero que corra
O vento
insiste em me aborrecer...
A chuva e o vento que cantam são medonhos.
Se eu não
soubesse que você
Mais tarde iria chegar saudoso e cansado,
Juro meu
amor que não tenho ideia do que faria da minha vida.
Chuva não segure o meu amor no meio deste pé d’água.
Sei bem
que a chuva alivia as magoas de terras benditas.
Mais hoje
você já molhou plantas e
também já fez muita gente chorar.
Naquele casebre debaixo daquela mangueira,
tem uma
família que foge das goteiras,
Eles
juntam os corpos na parede com muito medo de voar.
O pobre menino da rede que sem querer é balançado,
Não tem
mingau nem telhado e a mãe desse pobre coitado
não tem
leite para dar de mamar.
Chuva olha
o barro que desce morro abaixo,
Desmoronando telhados e deixando famílias sem lar.
Ó minha Santa Bárbara querida por favor cuida dessa gente sofrida,
pecadores que nem acreditam que a fé pode curar.
Chove lá forra e você continua distante amor,
e tantas
gente sozinha, tantos com fome, sede e solidão.
Outros sem
perdão, sem trabalho, sem saúde e sem coração.
Chuva traz a paz para cura da agonia, por Deus e Virgem Maria
tragam o sol na manhã deste próximo dia. |