O vento bateu na porta, e,

a fumaça anunciou o incêndio.

A fogueira ardeu, e não fui capaz

de correr para apagar o fogo.

Ninguém viu, mas quem viu se calou.

Hoje as cinzas ainda estão no seio do lar,

é um silêncio aterrorizador.

Ninguém diz nada,

tudo a minha volta desapareceu,

ainda escuto promessas feitas

por você sem pudor algum.

 

Dela só quero você…

O carvão continua ardendo,

e quando apagar faremos

o funeral das almas fundidas.

São desajustados os sentimentos

que fomentas por ai.

Enquanto a cama fria espera o teu regresso,

tomo banho de chuva como peras frescas,

e aceito a limonada forte que me fazes tragar.

 

 

 

 

 

 

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