Foram momentos de muito pouca compreensão.

A penitencia imposta não vinha

de nenhum monge cristão,

eu mendiguei por prazer e cegueira.

Sem credibilidade moral alguma vivi

nesses anos um crucifixo de tormentos.

Fui discípulo de suas vaidades e desejos.

Viver num padrão de vida alto,

sacrificado e briguento foi assustador.

Esses anos serviram para me fazer refletir

sobre o que de fato queria da vida.

 

Determinado a distinguir as

circunstancias que me levaram

a viver nessa escassez de sentimentos,

muito fragilizado e dividido

me vi sem esperança alguma

até que resolvi dar um final

nesse colar de sofrimentos.

O verão mais importante da minha vida! 

Fechei a porta de um viver enfadonho.

Quando vi as flores brilhando

do lado de fora escutei minha'alma dizer;

Ah!... ninguém merece,

durou até sangrar.

 

 

 

 

 

 

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