Acordei com o suspiro do amor no peito.

O vento batendo portas e janelas,

a chuva encharcando o piso de porcelana pérola.

Não há riqueza maior do que viver apreciando

O que a natureza me oferece grátis.

A noite cai ao som dos gritos do vento,

a calma sopra na minha vida paciência.

A humildade da tribo ainda é

o dom que me defende.

Jesus!!! 12:30 h e o vento continua brincando

no silêncio da quase madrugada.

Setembro, chá de menta, biscoito de chocolate,

e o sabor da noite solitária.

A chuva continua suando as janelas.

E a técnica da sobrevivência,

quem sabe chegou o esperado dia da vingança.

Talvez terei o meu último dia de sonho.

A morte não me assusta,

a vida sem esperança sim, mete medo.

Sigo embriagada de amor e chá de menta,

e o vento sopra como louco,

sorrindo da cara de todos nós.

Sei que quando meus olhos

encontrarem os teus,

meu coração continuará ardendo.

A caneta desliza no papel

sem receio algum,

da mesma forma que desliza no teu corpo

meus dedos quando estamos juntos.

Na penumbra, sigo saudosa esperando

o seu perfume se espalhar na sala.

Meu amor, que falta me faz ouvir a tua voz,

escutar a tua chamada acalentadora.

Os lençóis te esperam,

não deixe definhar os sentimentos,

o coração pede paz,

mas a carne quer justiça.

No fundo da vala da alma

a infidelidade borbulha desejos.

E um coração cruel, soberbo, e altivo,

rasga sentimentos e mergulha

na profundeza da infidelidade.

Ah!... o tempo passou rápido.

Quando a mocidade chegou,

veio cheia de sonhos, desejos,

gratidão e esperanças.

Quando se foi, saiu batendo palmas

para o tempo ai,

deslizou e foi saindo de mansinho

sem quase se fazer notar.

Deus Meu! Estou pedindo proteção,

pedindo compreensão, pedindo afeto,

perdão, pedindo amor.

Deus poderoso das matérias, me ajude,

estou a margens do rio,

esbanjando felicidade e aguardando por ele…

Acabou de chegar iluminando tudo.

Obrigada e perdão pela minha agonia.