1965
foi quando completei quinze anos, as moças puras,
a moça virgem, era exigência da sociedade. Meus
pais valorizavam a pureza na juventude.
Foram gamas de sentimentos que
se misturaram a cheiros e sabores, como os sabores das diversas frutas e
as mangas que me encantam ver e provar. Voltei a ver as pétalas das
flores cerrar para amanhecer no dia seguinte viçosas no meio de um sol
magnífico. E o cheiro incomparável das madeiras, matas, igapós e
igarapés da Selva Amazônia.
Em suma, transformou-se o
escrever num punhado de cheiros, sentimentos e sabores que me levou a
ver o poder da escrita na vida do homem. Dentro do Livro Alma Cativa a
Poesia que mais me representa é, O trem...
“Naquele trem de carga que me
levava a Bolívia, em 1968... os animais expeliam o cheiro forte que
misturava-se ao nosso. A natureza era bordada em ouro e prata. O apito
soava naquele interior da Bolívia anunciando o meu regresso e às vezes,
minha partida.”
Espero que desfrutem como eu
quando escrevi. Gostei muito do Prefácio da escritora Maria Zanini Tauil,
estudou as Poesias, assim como descreveu bem a escritora e a mulher Sonia
Essabbá quando diz: Embora tenha se universalizado. "Hasteei a
bandeira com orgulho e prepotência / sou brasileira!"
Obrigado Maria e
Obrigado leitor por adquirir o meu trabalho.
Sugestão:
www.soniaessabba.com.br/ - Livro de
Visita deixe a sua opinião, ficarei agradecida,é assim que o escritor
pode avaliar o que faz.
ALMA CATIVA
Tinhas o gênio do fogo
fetiche.
Na madrugada, tu
despudorado ardias.
O teu cheiro me deixou
embasbacada.
Enclausurada, gozei.
Naqueles momentos
desencarnei.
Que ilusão!
Espírito do Mangue, teu
preço era o da paixão.
Vestido de Cisne Branco,
Santo Deus!
Te venerei.
Não te conheci como o
jovem oficial,
Eras o amor da Vera e das
Velas.
Trazias a doçura e o
cinismo,
O acalanto montado no
desejo.
Canalha!
O teu beijo...
Ah! Teus beijos.
Alma Cativa. |