Era um viver intenso no deserto do tempo perdido.
No cofre de segredos, segredos eram guardados
sem condição alguma de escapar.
O alquimista corposo cheirava a fogo e querosene
O jovem contava histórias que fluíam de boca em boca.
Habituou-se aos comentários da pequena vila,
onde todos comiam um mesmo pão.
Ele vivia num bangalô a beira do igapó ao lado
de uma vitória-régia que ele dizia ser seu amor.
Vivia numa simplicidade admirável o jovem sensual e amoroso.
repousava nas tardes os olhos na planta.
No igarapé barrento, cheio de arvores e animais, o vento
quente que circulava, estancava as matas do paraíso.
A lua por entre arvores caia no paisagismo e o mecheiro
muito só, dividia com Deus a paz do lugar.
Vez por outra um motor passeava no local,
nada amolava
o jovem alquimista.
"Hei meu amor, vou conseguir a fórmula para transformá-la
e assim seremos feliz pra sempre. Prometia o alquimista
à vitória-régia, que feliz se punha a esperar tamanho milagre.
“Seremos felizes te prometo querida.”
"Hei mecheiro perguntava o sapo; e eu?"
“Você será o meu padrinho de casamento sapo ganjento.”
“Que é isso meu amigo?”
“Sapo enxerido.”
“Enxerido eu?”
O alquimista tanto tentou, que virou sapo,
planta, peixe, rio, virou pedra e por fim conseguiu.
“Vitória minha princesa, tenho aqui a solução de tudo,
disse ele um dia. Mostrou um frasco que abriu devagar e
jogou suavemente na planta,
era um pó de brilho intenso que ofuscou o sol.
Se fez noite e da flor da vitória-régia foi saindo uma moça
linda de pele suave e cabelos longos e sedosos.
Quando ela olhou nos olhos do mecheiro a paixão
uniu os dois num abraço sincero e
o beijo foi um tocar nos lábios.
O mecheiro havia realizado o sonho dos três.
O sapo quando recebeu o pó,
virou um rapaz lindíssimo.
E o igapó ficou conhecido como o Igapó da Vitória-Régia.
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