Na madrugada o teu corpo ausente, Acaricio o travesseiro e a fronha alva. Me vem a mente os teus cabelos, me faz falta o teu cheiro. E o mar invade a areia, ondas e, o vento sopra sem destino. Através das cortinas a lua entra sem respeitar a amarga solidão que me tem como papel amassado.
É um dia qualquer, quantos finais de semana a mais. É um segundo que queima, outro que teima, abafado pela fumaça do tempo que evapora janela afora.
Foste quem sabe em buscas de mover a bunda dura, e as pernas rígidas, Pensando naturalmente que aguento a dor de te ver morrer nas madrugas Entre tragos, e a frigidez que te acompanha, agarrada no corpo de quem nem sequer te conhece mulher. Vivendo nas tuas iniquilidades diárias, tens o corpo louco de desejos e cansado. Não percebe que o legado que te ofereço é de vida poética mulher.
Já passei por isso antes, pensei que amava o corpo e a alma vazia de uma prostituta qualquer. Já vivia a amargura de me ver trocado por um sujeito que chegou primeiro que eu, pagou mais, quem sabe menos. Conheço a vida das raparigas dos bordeis baratos, e cais do porto. Conheço também as mulheres que desfrutam a vida por prazer de um momento, Você não é um momento mulher.
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