O galo cantou nas terras da minha mãe e foi antes do sol nascer.

O sol foi surgindo naquela janela entreaberta

e o Rio Solimões brilhou como mecha de vela.

O galo cantou!

Ah, que amanhecer divino!

Fomos nos esquecendo das loucuras da grande cidade e

oi um frisson que jamais esquecerei.

E tempo cortou o espaço encontrou flocos de luz caindo do céu.

Teu beijo molhou estrelas e plantas,

minh’alma calou de espanto e daí ela deu piruetas no espaço.

Na terra suada um forte cheiro de barro e de plantas,

árvores plantadas a mercê da natureza.

Ah, eterna exuberância!

Que bem viver! Nada nos falta é um desabrochar pra vida,

é só paixão.

Abriram-se flores e folhas voavam enroscadas no canto do vento...

A canoa passou lenta movendo as águas frescas do Rio Solimões.

E, os animais moviam-se no som da grama,

faço-me cega e pus-me a ouvir fascinada, silenciei precisava admira-los... Que alegria tremenda!

Naquela encantadora manhã no norte do Brasil

me inundei de modéstia, o amor é insofismável...

O mundo parou ali. Enquanto isso,

 estados e cidades fervilhavam em problemas.

O Galo Cantou Nas Terras da Minha Mãe!

E a paz chegou como herança em nossos corações.

 

 

 

 

 

 

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