Era
o baile de debutante da Antonieta, tudo estava preparado com muito bom gosto. Os
pais fizeram com que o requinte da festa estivesse perfeito, na cama o vestido
da moça estava deitado esperando para adornar o corpo da princesa. O salão
decorado com rosas e velas postas nos centros das mesas. Quinze amigas de
Antonieta e quinze rapazes oficiais da Marinha haviam ensaiado várias semanas a
fim de dançarem a valsa Danúbio Azul com meticulosidade.
O
baile iniciou e os convidados tomaram acento, logo em seguida os casais de
jovens se alinharam em direção ao centro do salão, foram anunciados um por um
dos jovens pelos respectivos nomes de família, até que a debutante foi convidada
a entrar, e, os aplausos soaram freneticamente.
A
orquestra iniciou o baile, a debutante e o pai dançavam no meio da roda. Em
seguida o pai passou a moça para o irmão, e, como ela não tinha namorado, dançou
com cada um dos oficiais, no final quando chegou o ápice da festa, que era
trocar o sapato baixo pelo alto, assim que o pai entregou o sapato alto para
Antonieta, escutaram-se gritos; Pega, Pega, Pega o Penetra!!! Um rapaz vestido
com calça Lee, camiseta e uma jaqueta de couro estava com as botas sujas de
terra, o jovem se largou e conseguiu se aproximar de Antonieta perguntando: Me
dá o prazer de dançar o Danúbio Azul com você princesa?
Pega, Pega!!! Sai daí penetra, e, um corre corre, até que levaram ele pelo
pescoço. O penetra havia subido numa árvore e entrado pela janela do salão,
ninguém deu conta por estarem atentos à música e a festa. Antonieta havia se
levantado e pegado na mãos do penetra aceitando dançar com ele. Mas, foi parada
imediatamente pelo ocorrido. Os dois trocaram olhares e conseguiram sorrir
discretamente, haviam vencido o preconceito. Anos depois dançaram o Danúbio Azul
sozinhos numa casa simples após se casarem as escondidas.
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