O meu  sonho não era você,

nem você queria um amor assim.

Éramos como pétalas frescas agarradas

ao caule tentando nos proteger do vento

que lá fora corria espalhando romances, e

criando fantasias.

Entretanto, ficamos entregues aos sentimentos

frágeis que nos manteve duelando

entre o impossível, e o que seria real.

Quando você chegava, eu me entregava

acreditando te amar, e

você banhado na astucia do amante infiel

chegava quente engolindo meu corpo

sedento de amor, logo dormia.

Se aceitássemos a verdade daquele desejo infinito,

cairíamos num precipício enorme.

Os momentos eram intensos, curtos, prazeroso, e

dolorosas as partidas.

é certo que contávamos os minutos para o próximo

encontro, nós não admitíamos que era amor.

Outras vezes, e outras mais, tivemos

nossos corpos dilacerados, e o coração balançado

sem saber que nossos espíritos pediam solução.

Era o cheiro da pele, voz, a forma de caminhar,

o olhar o toque das mãos, 

éramos sensualidade na plena inocência

da juventude. A vida era isso.

O tudo naqueles dias era nada no final...

​Depois de sermos amantes, de aventurarmos

num romance cheio de tesão, onde a paixão acabou

assustando, e separando nossos corpos,

anos depois te encontrei destruído,

fisicamente e moralmente.

Foi você quem matou o amor.

Foi você quem fugiu com medo.

Atravessaste o mundo ao lado de várias mulheres, e

nenhuma delas foi capaz de te fazer feliz.

Tesouro, deixaste a pomba voar,

fui em busca de algo que você me negou.

Que pena ter que te dizer, que as experiencias

vividas também não deixaram para mim

uma história de amor fantástica

Meu grande sonho sempre foi você,

e a pétala fresca secou.

 

 

 

 

 

 

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