Meu silêncio atravessou o túnel e fluiu pro mar.
Meus desejos ficaram encarcerados por décadas.
Não toquei
num sentimento qualquer,
que não fosse o da lealdade.
Quebrei o som do sonho com estalos de estrelinhas.
Eu pisei nas areias úmidas e
desafiei as águas violentas do mar
Mergulhei no mais profundo desapego, e,
defendi minha honra
Como as sereias fogem pro fundo do mar,
fugi de minha’alma mas,
carreguei comigo o desespero.
Depois de tudo, meus cabelos dourados
varreram o fundo do mar,
Limparam a superfície das águas, e,
peneiraram as espumas douradas.
Ah!... Que grande é a loucura do infinito desejo de amar.
Meu Santo!
Que maravilhosas são as estrelas que adornam
a lua
Que rasgam o céu num momento de prazer momentâneo.
Os bichinhos que se arrastam diante de mim,
me envaidecem
Mas, pobres sofrem por querer tocar na minha calda
Pai do Céu! Que madrugada preciosa.
Estrelas deslumbrantes, porque vocês e não eu?
Oh! Que prazer momentâneo!
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