É madrugada,
sinto falta do teu corpo,
acaricio o
travesseiro, me vem a mente os teus cabelos limpos.
Sinto falta do
perfume do teu corpo.
La fora o mar
invade a areia, ondas fervilham.
O vento sopra
minhas cortinas sem destino,
A lua entra sem
respeitar.
E amarga essa
solidão que me impõe,
me tem como
papel amassado.
Quantos finais
de semana terei que esperar neguinha.
É um segundo
que queima, outro que teima,
me sinto
abafado pelo tempo que corre lá fora.
Fostes quem
sabe em buscas de mover a bunda dura e.
as pernas
rígidas,
Pensando
naturalmente que aguento a dor
de te ver
morrer nas madrugas
entre tragos e
teatros, junto a frigidez que te acompanha,
Te agarras a
corpos desconhecidos.
Vivendo nas
tendenciosidades diárias…
Voltas com o
corpo cansado, entediado, esvaído querida.
Não percebe que
o legado que te ofereço
é de vida
poética mulher.
Já passei por
isso antes, pensei que amava o corpo e,
a alma vazia de
uma prostituta,
vivi a amargura
de me ver trocado por um sujeito
que chegou
primeiro que eu,
pagou mais que
eu ou quem sabe, menos que eu.
Conheço a vida
das raparigas dos bordeis baratos,
e cais dos
portos.
Conheço também
as mulheres que desfrutam
a vida por
prazer de um momento,
Você não nasceu
para ser um prazer de momento mulher,
você não vale
uma nota de um valor qualquer.
Você nasceu
para ser a mulher de um homem de bem.
Sou mesmo um
tolo, nada disso adiante,
Estou amando
outra vez uma pessoa errada.
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