Ele me ama como se eu fosse um lago sujo.
Rasteja como verme de água doce.
Ele perturba a minha mata virgem, e, ele come
porque a fome lhe consome diariamente.
Não sente gosto nem sabor. Me engole inteira,
num segundo, sem prazer algum.
Assisto essa fome de momento,
sem mover sequer meu pensamento.
Ele é uma alma perigosa,
um vadio que nem sabe dizer prosas.
É
calado, cego e aborrecido.
Homem, que castigo!
Vivo num caminhar perdida, sem fome,
sem expressão alguma.
Meus olhos de desgosto caíram as pálpebras.
Sem troca de olhares, “I feel dead.”
Obcecado vive gesticulando o furioso.
Quando a mim se dirige... Que pavor!
Tento florear a vida pra surpreendê-lo,
mas o mexer merda é um cínico de raiz.
Preciso sair desse estresse.
O
exibicionista ronca como um porco cansado.
De olhos baixos me limito ao silêncio.
Quem sabe um dia eu recobre o juízo,
e
abandone essa mísera vida.
É
um amor indecente.
Essa é a minha história; um adito as drogas.
Tenho que agarrá-lo pelas mãos, já sem jeito e sem valores...
Não sei quem sou.
Amo esse homem tanto quanto Deus.
Sei que vou morrer sem dignidade alguma.
Nada que você diga cura a minha dor nem muda o fato.
Perdi algo que jamais irei recuperar...
Perdi as forças, eu sei.
Me perdi de Deus!
Compositor, cantor, artista...
Bandido, vigarista!
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