Foi rindo por rir e chorando de prazer no meio da madrugada nostálgica, que deitada no peito morno do coronel, Iaía deixou os cabelos pousarem nos ombros dele. A sensualidade indefinível misturou-se ao cheiro do corpo do macho que amava? Nhô te amo - disse Iaía e foi soprando os pelos do peito do Coronel e enchendo-os de silenciosos beijos. O vento quente somado ao suor castigava os corpos. De beliscão em beliscão as nádega da morena ardiam. Um chuviscar surgiu lentamente e molhou a grama que serviu de leito para a noitada. Penetrou o macho violentamente no mundo dos sonhos de Iaía.

 

Entre sensações de prazer em algum lugar, caiam os corpos de soldados mortos. O hedonista molhado de suor e orvalho olhava a lua e repetia os movimentos de um cachorro no cio. Iaía tinha nos quartos um maracá de encantos. Capatazes faziam ronda com as mãos nos bolsos, a inquietude de uma surpresa deixava os homens atentos até aos pingos d’água.

 

Nhô só uma vez por mês? - Caiu nos olhos do macho um olhar meigo. Não me aperreia mulher querida - boca de anis. Abriu um sorriso que iluminou o rosto da morena. Ansioso por elogio, olhou para Iaía dos seios aos pés. Toda a gama de sentimentos voltou a florir. Te amo Nhô! Eu sei mulher.

 

O macho fechou o fechecler saiu caminho de casa. A morena Iaía rolou na grama úmida até cair no rio e lavou a honra nas águas frescas. Saiu nua levando a veste em uma das mãos baixo a um céu azul escuro. A lua jogou um pó de brilho nos cabelos da morena Iaía. A deusa morena saiu caminhando mato afora. E naquele momento, Iaía era a mulher mais feliz daquele universo.

 

 

 

 

 

 

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