Um filho de cada homem para que ninguém brigue.

Em cada marinheiro houve um amor verdadeiro.

Eu sou como sou. A mulher de muitos homens.

Sou a mulher dos grandes amores.

 

Quem me condena é estúpida. Não conhece o que é amor.

A paixão num coração sincero é amor.

Se a saudade toca a minha porta, são os meus filhos que sentem primeiro;

o sangue bate mais forte que um coração bandoleiro.

 

Balanço os quadris e umedeço os lábios quando

daqueles homens me recordo. Ah! Velhos tempos...

Tempos de pouca idade. Foram tempos de vadiagens.

 

Eu sou como sou a mulher de muitos homens.

Sou a dos grandes amores.

A paixão num coração sincero é amor.

Para cada filho deixo uma parte desse coração bandido e

antes que ele pare, eu deixo de herança minhas paixões.

 

 

Assistindo um programa de televisão sobre mães, ouvi uma senhora declarar:

“Eu tive um filho de cada homem para que ninguém brigue."

Então, escrevi, “Um filho de cada homem”.

E dedico a todas as mulheres que tiveram um filho de cada homem.

Penso que essas mulheres devem ser respeitadas.

 

 

 

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